O PETAR
O PETAR (Parque Estadual Turístico do Alto Ribeira) é a Unidade de Conservação com a maior concentração de cavernas do Brasil (cerca de 350 mapeadas) e faz parte de um importante ‘continuum ecológico’. É conhecido também com o Parque das Cavernas.
Não só de cavernas é composto o PETAR, mas também de inúmeras cachoeiras, trilhas, comunidades tradicionais e quilombolas, sítios arqueológicos, paleontológicos e culturais. É realmente um verdadeiro paraíso escondido entre vales e montanhas na maior porção de Mata Atlântica preservada do Brasil.
Possuí 35 mil hectares e está localizado entre os municípios de Apiaí e Iporanga. Cidades que estão ao sul do Estado de SP, entre as capitais de São Paulo e Curitiba.
A variedade de esportes de aventura possíveis de se praticar na região é muito grande: rapeis com mais de 130 metros de altura, boia cross nas águas cristalinas do Rio Betari, cascading (rapel em cachoeiras), escaladas dentro de cavernas e trekking são alguns exemplos.
As cavernas do PETAR oferecem vários níveis de desafios. Há opções para todos os gostos: cavernas com água, com escaladas e cavernas com escadas e passarelas, para facilitar os acessos dos visitantes de primeira viagem.
Todo passeio no PETAR deve ser feito sempre acompanhado por um monitor local seguindo regras específicas de cada caverna.
Núcleos de Visitação
A experiência certa para sua viagem
Núcleo Santana
O Núcleo de Santana é o principal núcleo de visitação do PETAR.
Nele estão localizadas também as principais cavernas: Caverna de Santana, Caverna do Morro Preto, Caverna do Couto, Caverna da Água Suja e Caverna do Cafezal.
Além de várias cachoeiras: Cachoeira do Couto, Cachoeira das Andorinhas e Cachoeira do Betarizinho.
O acesso às cavernas é muito fácil. Sendo a Caverna da Água e Cafezal as mais distantes da base do núcleo, cerca de 40 minutos de caminhada pela Trilha do Rio Betari. Mas a trilha é um atrativo à parte (faz parte do Programa Trilhas de SP).
Núcleo Caboclos
Foi o primeiro núcleo de visitação a ser criado e está localizado bem ao centro do PETAR, no Bairro Espírito Santo, divisa entre Apiaí e Iporanga. Possuí um relevo mais elevado em relação aos demais núcleos do PETAR, chegando a mais de 1000 metros de altitude em alguns pontos próximo à sua base.
É o único núcleo de visitação do parque que possuí em seu interior área para camping. Com lavanderias, banheiros e sanitários.
Pra entrar no núcleo é cobrado uma taxa de R$ 12,00 (visita diária) e de R$ 18,00 a pernoite para acampar.
No núcleo Caboclos estão algumas das cavernas mais lindas do PETAR, como a Caverna Tememina, a Caverna Desmoronada e a Pescaria.
Núcleo Casa da Pedra
Nesse núcleo está a Casa de Pedra – caverna com o maior pórtico do mundo (Guinness Book). São cerca de 215 metros de altura.
O núcleo possui portaria, mas não é cobrado ingressos.
A visitação no interior da Caverna Casa de Pedra está restrita até que seja implantado o Plano de Manejo Espeleológico do PETAR. Mas é permitido fazer a trilha de cerca de 3 horas até o seu pórtico.
A caminhada vale a pena. É algo extraordinário.
Obrigatório estar acompanhado com um Monitor Local.
Núcleo Ouro Grosso
Está localizado estrategicamente junto à comunidade do Bairro da Serra. Tem servido de base de apoio para eventos, cursos, reuniões da comunidade e controle para o acesso à Caverna do Ouro Grosso e Alambari de Baixo.
Atrações: Caverna do Ouro Grosso, Caverna do Alambari de Baixo, Piscina Natural do Rio Betari, Casa de Farinha – museu tradicional, Trilha da Figueira -200 metros – autoguiada.
Infraestrutura turística: Alojamento para escolas públicas – 50 pessoas, Auditório, Posto de Controle, Sanitários.
Antecedentes Históricos à Criação do PETAR:
Podemos encontrar hoje alguns registros históricos de naturalistas que visitaram essa região do Vale do Ribeira já no início do século XX, onde todos revelam as belezas cênicas e a importância científica das cavernas da região.
Em 1906 o “Doutor Presidente do Estado de São Paulo”, Jorge Tibiriçá declara de utilidade pública as terras do Vale do Ribeira onde há grutas calcarias.
Em 1910 o Estado adquiriu a Gruta da Tapagem (atual Caverna do Diabo), bem como as grutas do Vale do Monjolinho, visando proteger as cavernas e o interesse turístico da região (Marinho, 2002).
Esta medida efetiva de proteção ao Patrimônio Espeleológico no Brasil configura o primeiro passo em direção à futura criação de um parque, mas somente na década de 1950 renasceu o efetivo interesse em proteger as cavernas e florestas nativas do Alto Ribeira.
Pode-se afirmar que a criação do PETAR nasceu do desejo e da obstinação de dois homens: o engenheiro Epitácio Passos Guimarães e o topógrafo Pedro Comério, ambos funcionários do Instituto Geográfico e Geológico (IGG), responsáveis por estudos de prospecção das minas de calcários. Encantados com a beleza da região, propagaram um movimento para que o Estado reconhecesse a importância da área.
Como resultado destas iniciativas, em 19 de maio de 1958, o Decreto nº 32.283, do então Governador Jânio Quadros, materializou a criação do Parque Estadual do Alto do Ribeira (PEAR), cujo nome, posteriormente, foi alterado para PETAR.
Dos anos 1960 até a década de 1980, espeleólogos de diversos grupos realizaram uma vasta quantidade de trabalhos técnicos e de documentação do patrimônio espeleológico das regiões do Vale do Ribeira e Alto Paranapanema.
Em 1964, organizam o primeiro Congresso Nacional de Espeleologia na entrada da caverna Casa de Pedra; fundam a Sociedade Brasileira de Espeleologia (SBE) em 1969, que abraçou o objetivo de organizar as diretrizes da espeleologia nacional. Encabeçando um movimento de preservação das cavernas da região e levando à efetiva implantação do PETAR no início dos anos 1980. (Capítulo Histórico – Plano de Manejo do PETAR – 2010)
Em 1989 foram realizadas algumas “melhorias” no interior da Caverna de Santana, como a construção de pontes e passarelas e foi implantado um dos Núcleos de Visitação do PETAR, o Santana.
Os Srs. Joaquim Justino e Vandir de Andrade, moradores locais e respectivamente pais dos sócios proprietários da Parque Aventuras, Jurandir e Júnior, participaram arduamente de todo o processo de implantação do PETAR. Da demarcação à sua exploração e levantamento dos atrativos turísticos.
Venha conhecer um pouco dessa história com os nossos monitores. Conheça o PETAR com quem nasceu e cresceu aqui!